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Recebi o diagnóstico do diabetes: e agora?

O diabetes é uma doença metabólica crônica que ocorre quando a pessoa apresenta níveis elevados de glicose no sangue, ou, mais popularmente conhecido, excesso de “açúcar no sangue”. Considerado um importante e crescente problema de saúde pública, estima-se que hoje 422 milhões de indivíduos convivam com a condiçãoi.

O diabetes é dividido em dois tipos. O tipo 1 geralmente acontece em crianças e adolescentes, e é uma condição crônica na qual o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Já no diabetes tipo 2, o mais prevalente, o corpo se torna resistente à insulina ou não a produz em níveis suficientes.

O diagnóstico do diabetes é realizado através da identificação da presença de hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue). Para isto, o médico pode solicitar vários exames laboratoriais, dentre eles a hemoglobina glicada, considerada padrão-ouro para avaliação do controle glicêmicoii.

Em algumas situações é recomendado o rastreamento do diabetes em pessoas que não apresentam sintomas da doençaiii. Mas, em geral, os exames investigativos são solicitados para quem tem mais de 45 anos de idade ou, em qualquer idade, mas para quem tem sobrepeso ou obesidade, hipertensão arterial, história familiar de diabetes tipo 2 e/ou presença de comorbidades associadas ao diabetes tipo 2, como periodontite, infecções micóticas, hepatite C e outras infecções virais crônicasiv. Em mulheres, história prévia de diabetes gestacional também indica o rastreio.

Para quem foi diagnosticado com diabetes, modificações no estilo de vida são recomendadas para evitar a progressão da doença e de problemas associados a ela. Seguir uma alimentação saudável, com redução no consumo de açúcares, carboidratos e industrializados, redução do peso corporal em pelo menos 5% no caso de pessoas com sobrepeso ou obesidadev, e implementação da prática de atividade físicavi – sempre com o acompanhamento de seu educador físico, nutricionista e endocrinologista – são algumas delas.

De acordo com as diretrizes mais recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), para pacientes com diabetes tipo 2 e pré-diabetes é recomendado o mínimo de 150 minutos de atividade física aeróbica semanais de moderada à alta intensidade, dependendo da avaliação da presença de doenças cardiovascularesvii.

Especialmente no caso do diabetes tipo 2, quando as medidas de mudança no estilo de vida não são suficientes, pode ser indicado também tratamento medicamentosov.

Para todos os pacientes com diabetes, também é recomendado acompanhamento médico por equipe multidisciplinar, envolvendo médicos de família, endocrinologista e outros profissionais de saúde, como nutricionista e educador físico. Além disso, a SBD estabelece a da meta da hemoglobina glicada menor que 7% para a maior parte dos pacientes, no intuito de prevenir complicaçõesviii.

Diante do crescente número de pessoas diagnosticadas com diabetes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o Pacto Global de Diabetes, que tem como objetivo reduzir o risco da doença e garantir que todos os pacientes tenham acesso a tratamento e cuidados de forma abrangente, acessível e com qualidadeix.

i WHO – World Health Organization. Diabetes. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/diabetes#tab=tab_1. Acesso em: 22 set. 2022.

ii SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2019-2020. P.225. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf. Acesso em: 19 set. 2022.

iii COBAS R et al. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-2, ISBN: 978-65-5941-622-6.

iv SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2019-2020. P.55. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf. Acesso em: 19 set. 2022.

v GIACAGLIA L. et al. Tratamento farmacológico do pré-diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-9, ISBN: 978-65-5941-622-6.

vi SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2019-2020. P.96. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf. Acesso em: 19 set. 2022.

vii SILVA Júnior WS et al. Atividade física e exercício no pré-diabetes e DM2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-8, ISBN: 978-65-5941-622-6.

viii PITITTO B. et al. Metas no tratamento do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-3, ISBN: 978-65-5941-622-6.

ix WHO – World Health Organization. The WHO Global Diabetes Compact. 2021. Disponível em: https://www.who.int/initiatives/the-who-global-diabetes-compact. Acesso em: 22 set. 2022.

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