Você já ouviu falar em pré-diabetes ou resistência à insulina? Essa disfunção é considerada uma condição de alto risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, apesar de ainda não ser considerada uma patologia em si^ix.

No pré-diabetes, o paciente apresenta valores glicêmicos abaixo dos valores estabelecidos para diagnóstico do diabetes, mas acima dos valores de referência considerados adequados. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) cerca de 25% dos pacientes progridem para a instalação da doença em um período de 3 a 5 anos^ix.

Na maioria dos casos, o pré-diabetes é assintomático e o diagnóstico é feito com base em exames laboratoriais, dentre eles o exame de hemoglobina glicada. Esse é um exame de sangue que reflete os níveis glicêmicos de uma pessoa nos últimos 3 a 4 meses.

A SBD compartilha os valores de referência da Associação Americana de Diabetes (ADA) para o diagnóstico do pré-diabetes. Assim, considera portador da condição pessoas com resultados do exame de hemoglobina glicada entre 5,7% e 6,4%^ix.

Segundo a SBD, pessoas com pré-diabetes, além de um risco maior de desenvolvimento do diabetes, têm maior possibilidade de apresentarem problemas cardiovasculares, como hipertensão, e complicações crônicas, além de obesidade e dislipidemia. Por isso, esses pacientes devem ser acompanhados de perto.

Para evitar que uma pessoa com pré-diabetes evolua para um quadro de diabetes estabelecido é necessário implementar ações de mudança no estilo de vida, como adequação da dieta alimentar e inserção de atividade física na rotina. Além disso, especialmente nos casos em que o resultado do exame de hemoglobina glicada apresentar resultado superior a 6%, pode ser indicado o tratamento com medicamentos^ix.

De acordo com a SBD, os pacientes que apresentam resultado entre 5,7% e 6,4% no exame de hemoglobina glicada devem ser reavaliados anualmente. Sempre lembrando do acompanhamento médico e de seu educador físico.